Mensagem de Ano Novo


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07/01/2021 #Reflexão #Editora Concórdia

Refletindo...

Mensagem de Ano Novo

Hoje me sentei com o propósito de escrever uma mensagem para o Ano Novo. Pensei em palavras bonitas, reedificantes, fortes, felizes, mas não encontrei nada que pudesse resolver os problemas de uma nação inteira, nada que pudesse fazer feliz aquele que acabou de perder um ente querido, nada que pudesse trazer de volta a emoção de uma experiência especial vivida...

Procurei palavras reconfortantes para as pessoas necessitadas e vi que elas não queriam me ouvir, não queriam conforto, comida, roupa, casa, um modo de viver melhor, de sobreviver neste mundo...

Procurei palavras de consolo para a mãe que perdeu seu filho em um acidente de carro, e vi que ela não me ouvia, pois queria seu filho de volta, e sua dor era tanta...

Procurei palavras de ânimo para o jovem usuário de drogas, tentei libertá-lo desse vício, e vi que ele não me ouvia porque o seu corpo precisava delas, a sua mente já não o dominava, não conseguia se livrar do mal impregnado no seu corpo...

Procurei sair lá fora e gritar para todos que o Ano Novo estava começando, e que deveríamos celebrar com champanhe, bombons, festas, caviar, roupas novas, afinal, na televisão fazem isto...

Quando eu saí lá fora, encontrei mendigos pedindo um pedaço de pão, encontrei ladrões correndo pela rua com uma sacola na mão, que acabaram de roubar; encontrei um grupo de jovens em uma esquina, onde o centro das atenções era uma moça que se oferecia como “presente de Ano Novo”, afinal era tudo o que ela tinha para dar...

Saí para a rua com o objetivo de encontrar pessoas felizes, realizadas, completas, ricas, com saúde para “dar e vender”, mas não foi isto que encontrei; não é essa felicidade, não é essa fartura (coisas de televisão, novelas) que reina lá fora. Deparei-me com a pobreza, não só com a pobreza do corpo, que envelhece, mas, principalmente, a pobreza de espírito, que envelhece e mata...

Total falta de sentido para a vida, pois o Senhor que é e dá a vida, Cristo, não está em suas vidas. Ninguém fala em agradecer a Deus pelo Novo Ano, pela felicidade, pelas novas esperanças. Poucos louvam a Deus nas igrejas; antes, estão em casa, curando a ressaca das festas... Poucos agradecem pela vida que têm. Muitos não reconhecem os seus erros e nem se arrependem de seu jeito de ser; nem pensam em mudar a sua maneira de viver, muito menos em largar os vícios, deixar de lado as traições, as mentiras...

Todas as pessoas deveriam reconhecer-se necessitadas e ver em Cristo a solução de seus problemas, confiando sua vida a ele, pois o “mais ele o fará”, diz a escritura.

A mãe que perdeu o filho tem em Cristo a certeza da ressurreição dos mortos, e só nele pode esperar o feliz reencontro com seu filho no Céu. Pois Jesus veio, nasceu, morreu e ressuscitou para nos dar um lar eterno nos Céus.

O jovem drogado só vai encontrar forças em Cristo para largar o vício.

A menina que vende o seu corpo pelas ruas da cidade, deve seguir a mulher samaritana, reconhecendo o seu pecado e aceitando o perdão que Deus oferece em seu filho Jesus, e, com ele, dar início a uma nova vida.

Deus está sempre pronto a nos perdoar e deseja uma vida melhor para nós, em todos os sentidos.

Que no começo deste novo ano, renasça em nossos corações e mentes a confiança de dias melhores e felizes, com Cristo na direção de nossa vida. Com ele à frente de todas as nossas aspirações, podemos ter a certeza de que, em seu amor, ele nos concederá tudo o que precisarmos para esta vida e para a eternidade.

 

Rute Karin Krick Krebs

Professora

*Este texto foi publicado no Mensageiro Luterano de janeiro/fevereiro de 2014.

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