O
Carnaval brasileiro é, hoje, uma das maiores festas do mundo. Gastos enormes
são feitos pelo poder público, desde enfeites decorativos, até prevenção ou
combate a doenças ou tragédias, sem considerar crises ou fatores adversos.
Anualmente o Brasil para por alguns dias e celebra o Carnaval, que a cada ano
se torna mais requintado, sensual e profano.
O
Carnaval é comemoração antiga, oriunda de várias culturas do passado distante,
celebrado com objetivos diversos, religiosos, pagãos ou simples folclore de um
povo que faz sua diversão nacional, conhecida como “o reinado de Momo”.
“Momo”,
segundo a mitologia grega, era um deus, filho do deus Sono e da deusa Noite,
que criticou as maravilhas feitas pelos deuses Netuno, Vulcano e Minerva, o que
provocou sua expulsão do Olimpo. Veio então para o reino dos homens na terra,
sorrindo como se nada lhe tivesse acontecido e, perdido nesse contexto, com
seus olhos escondidos por uma máscara, passou a observar todas as ações divinas
e humanas, encontrando nelas motivos para se divertir e fazer suas zombarias. Portanto, o Carnaval é o reinado de
Momo e, apesar de não ser comemoração específica para esse suposto deus
decaído, esta festa é a real expressão desse conceito pagão antigo, na qual
predomina toda espécie de escárnio, zombaria ou ridicularizações bizarras,
exatamente como é o comportamento de Momo, considerado como “Rei do Carnaval”.
Uma
séria razão para eu, como cristão, não participar do Carnaval, é devido a esta
origem, essência e motivos antigos ou modernos dessa festa, pois antes de se
tornar um folclore, ela era realizada para celebrar divindades pagãs, sendo
essencialmente idólatra e com motivações extremamente contrárias à conduta
cristã. Uma simples avaliação dessa festa evidencia que sua celebração não é
própria para quem conhece e serve ao SENHOR, pois ele diz em sua Palavra: “… todos
os deuses dos povos não passam de ídolos”, (Sl 96.5). Realmente, o
povo cria seus ídolos pagãos e os servem com o Carnaval. O cristão não pode se
comportar assim.
Outra
séria razão para eu, como cristão, não participar do Carnaval, é o fato do
carnaval ser a festa da carne, com todos seus apetites e prazeres desenfreados,
sempre procurando prazeres e alegrias nas paixões da carne, dando evasão aos
desejos carnais, como prostituição e bebedeira desordenada.
Em
verdade, o carnaval contraria não somente os parâmetros bíblicos, mas também a
ética e a moral, que deveria reger os costumes de um povo. Muito diferente
daquilo que Deus espera do ser humano criado à sua imagem e semelhança.
Esta é
a minha visão e opinião sobre o Carnaval. Talvez você, leitor, do Mensageiro Luterano, pense diferente de
mim sobre este evento, respeito a sua opinião. Mas a partir da minha ótica
bíblica, estou convencido de que, para o cristão, não convém participar do
Carnaval assim como ele acontece na maioria dos lugares onde é festejado.
Afinal,
nós, cristãos, somos chamados por Jesus para sermos sal da terra e luz do mundo.
A pergunta é: nesse contexto histórico,
cultural e até religioso do Carnaval, consigo ser sal, que dá sabor à vida das
pessoas? Consigo ser luz, a luz da fé
que brilha em meio às trevas e na vida das pessoas para que elas glorifiquem a
Deus pelo que ouvem e veem através de mim? Para ajudar nessa reflexão e na
tomada de decisões, recomendo ainda a leitura de Mateus 5.13-16. Que Deus nos
ilumine e abençoe em nosso viver a fé e o amor cristão.