Reforma Luterana


O movimento iniciou na Alemanha, em 1517, quando Martinho Lutero, então monge católico, afixou as suas 95 teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, na Alemanha, nas quais protestou em relação a pontos da doutrina da Igreja da época e sugeriu mudanças. Ele procurou mostrar que Deus perdoa de graça, mediante a fé em Jesus Cristo. Lutero afirmou que não se pode comprar o perdão de Deus tampouco conquistá-lo por méritos ou esforços próprios. Recebemos a salvação pela fé e não pelas boas obras que praticamos. As boas obras são a nossa resposta ao presente (a graça) do perdão.

Solicitado a se retratar, Lutero não concordou em fazê-lo, a não ser que as suas teses fossem derrubadas com argumentos bíblicos. Sendo assim, o monge foi excomungado da Igreja Católica Romana pelo papa Leão X. Como consequência, ocorreu um desmembramento de significativa parte da população da Alemanha em relação à Igreja Romana, mesmo não sendo a pretensão do Reformador. A sua intenção era promover a renovação da Igreja exclusivamente com base na pregação do Evangelho. Lutero também rejeitou a prática da invocação aos santos e não via sentido nos votos do celibato obrigatório, tanto que casou com a ex-freira Catarina Von Bora, com quem teve seis filhos. O que Martinho Lutero não imaginava é que as suas ações impactariam não só a Igreja, mas a sociedade como um todo.

O movimento ultrapassou as fronteiras e se estendeu a outros países da Europa, chegando ao Brasil em 1824, com a imigração alemã. Passado meio milênio, o legado do Reformador ainda pode ser observado em diversas áreas, como na educação, no trabalho, na ação social e nos direitos humanos.

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